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sábado, 14 de fevereiro de 2009

SEXTA FEIRA 13


SEXTA FEIRA 13

Nunca fui um cara superticioso, até então. Até então!!!!
No dia anterior ao dia fatídico o carro tinha quebrado e não havia veículo para me levar ao trabalho, mas considerei isto sorte e não azar.
Acordei às 5:30 da manhã para adiantar uma matéria do curso de especialização que faço pela internet sem ao menos vislumbrar que dia seria hoje. O dia começou bem e até consegui acessar o site do curso e fazer parte das tarefas. E foi só! O dia começou depois das 6:00.
Depois dos afazeres parti para o meu banho matinal e descobri que estava sem sabonete, até aí tudo bem! Usei o sabonete da minha prima e pensei em compra-lo quando fosse no Atacadão, o supermercado mais barato da cidade.( começou com o papo de pobre de novo!)
Parti para o supermercado e depois de pagar percebi que tinha esquecido de comprar o sabonete; até aí tudo bem, nada de ruim!
Saí do supermercado com o motorista da uniselva, o qual me deixou perto da Citylar, onde compraria mais tarde um ventilador. Estava com pressa ,no entanto resolvi passar no camelódromo para comprar uns DVD´s a incríveis R$ 1.25. Impressionante como eles conseguem.( Olha a pobreza aí novamente). Estes dias, assisti a um filme que nem tinha saído nos cinemas ainda, e é claro que a imagem estava uma merda mesmo! Na hora de pagar, me faltou troco. Até aí nada de espantoso!
Parti do camelô, na maior correria pois já me encontrava atrasado e fui para a casa comercial. Cheguei de supetão e mandei na lata; qual o ventilador mais barato que você tem aí? ( Olha o papo de pobre novamente!). Falei isto para ver se acelerava o processo.
Ela respondeu:
- 60 reais.
Falei:
-É este mesmo.
A vendedora perguntou:
- CPF?
Respondi prontamente:
- 13486349873466454467.
Ah! O seu cadastro está desatualizado, vamos atualizar?
Respondi:
- Não estou com pressa, faz no seu nome mesmo. Isto porque sem a atualização o programa não permitia que concluísse a minha venda.
Então digitou:
- Ariadine, ou coisa parecida. Forma de pagamento?
Falei:
- Crédito. ( Ultimamente, sempre pago no crédito. Vc sabe; rende milhas aéreas! Faço isto mesmo sabendo que milhas aéreas são coisas de pobre. Se bem que coisa de pobre seriam milhas terrestres ou milhas pedestres e não aéreas.)
Na hora de pagar lembrei que o cartão de crédito meu estava com a minha esposa maravilhosa, Cinthia, em outro estado. Lembrei que tinha outro cartão que não havia desbloqueado e tentei o 0800 pelo celular para desbloquea-lo o antes do caixa finalizar a venda. Não deu certo! 0800 não se faz pelo celular.
- Pode ser débito, perguntei, já afobado?
Recebi a bela notícia:
- Vc terá que voltar à vendedora para que a mesma efetue a venda novamente e troque a forma de pagamento por débito. Depois dessa eu quase desisti, mas me lembrei do calor e dos mosquitos do pantanal nesta época do ano, respirei fundo e subi as escadas novamente.

Enquanto isto, o motorista passava por uma manhã funesta de sexta feira 13.
Tinha acabado de pegar o motor Mercury 40hp na oficina e seguiu para o Dsei para pegar o barco e seu reboque. Chegando lá, os dois pneus do reboque rasgados. Isto mesmo, rasgados e não furados! Resultado, pneus novos. Na hora de trocar os pneus, cadê a chave de roda.? ( Não meu amigo, a chave de roda de carro não serve, não.) No mais belo estilo Funasa de improviso, vai o alicate mesmo! Já viu trocar pneu com alicate? Eu nunca vi, mas verifiquei o resultado e até que deu certo. Mas imagina o trabalho.
Na hora de engatar o reboque na caminhonete, o encaixe estava quebrado ( novidade!) e mais uma vez o improviso e o alicate entraram em ação. Porca, parafuso e tudo pronto!
Enquanto isto eu já tinha resolvido minha compra do ventilador em um recorde de 40 minutos e esperava o retorno do motorista em uma calçada do centro da cidade de Cuiabá, no verão, em um dia sem vento e um calor de mais de 40 graus, com certeza!
Até aí quase tudo bem! Entrei no carro e seguimos em direção ao Pantanal.
Cheguei à cidade que é a porta de entrada para o Pantanal Mato grossense de nome Poconé, procurando por um barqueiro de codinome Adílio. O papel dizia:
- Ao chegar em Poconé, vire a sua esquerda na farmácia Pantanal; isto se existisse uma farmácia pantanal. Logo encontrará a rua Pinheiros de Arruda; isto em uma cidade sem placas de ruas. E pare exatamente no número 72, que bem mais tarde descobriria ser 79. Acabamos que achamos o tal Adílio pelo nome mesmo, isto depois de ficar perdido em uma cidade que se consegue achar uma pessoa pelo nome.
Há esta hora já estava calculando chegar ao meu destino final lá pelas 7 horas da noite.
Saímos de Poconé com o barqueiro até as margens do rio Cuiabá, o qual fica a uns 40 km de distância.
Chegando lá os pernilongos nos dão as boas vindas. Uma nuvem, logo depois de uma chuva torrencial!
Estava começando a piorar. E eu ainda não sabia que era sexta feira 13.
Ao retirar a minha bagagem o zíper da minha mala quebra e a coloco em uma sacola para a roupa não cair. ( poverty!)
Barco na água, cadê o tanque de combustível, cadê a mangueira de combustível?
- Ninguém sabia. Resolvido; o tanque seria o galão de combustível mesmo, afinal, filtro pra que? E a mangueira conseguiram emprestada no mais nobre estilo ganbiarra.
Agora sim nós vamos. Aceleração a toda, e nos despedimos do motorista. Tchau!!!!!! Até a volta!
Alguns poucos quilômetros mais tarde, exatamente na segunda curva de rio, o número 13 começa a mostrar a sua força. O motor mostra sinais de falha. Olho para o barqueiro e o mesmo faz sinal negativo com a cabeça. Vamos voltar! Pego o meu celular; fora de área. Pego o celular do barqueiro; sem crédito.( Já vi que a pobreza não é só comigo!) Maravilha! A sexta feira começa a mostrar sua energia.
Aos trancos e barrancos conseguimos voltar e fazer uma ligação à cobrar do celular do barqueiro (a pobreza não me deixa!) e pedimos o motorista para retornar e nos resgatar.
Terminou? Ainda não!
Estávamos sem lona. As compras que antes estavam dentro do carro já se encontravam dentro do barco e para melhorar pegamos outra chuva torrencial molhando todas as caixas as quais as compras estavam.
Depois de acordar de madrugada e chegar a Cuiabá à noite, ainda tínhamos que devolver o barco.
Chegando lá, na hora de retirar o engate; a porca a qual tinha sido apertada com um alicate se recusava a sair. Parecia que a mais forte das chaves havia sido utilizada para apertar tal porca. A solução foi achada minutos depois de muita força e enfrentamento da escuridão com a luminosidade do meu celular. Vamos retirar o engate inteiro da caminhonete.
Cansados e sujos seguimos o rumo de nossas residências. Bem, a residência para a qual eu sigo não é exatamente minha, é da minha prima Otília e seu Marido Pignati. Se bem que já estou utilizando a casa deles já faz tanto tempo que acho que na lei, o quartinho que eu uso já se enquadrou no Uso Capião.(MST)
Pego as minhas tralhas e entro na casa da minha prima com as caixas de compra pesadas e molhadas prestes a rasgar. O motorista segue o seu caminho.
Um dedo de proza e uma cerveja com o meu amigo Pig e na conversa o mesmo me atenta ao fato de que é sexta feira treze. Aí entendi, tudo explicado! E eu querendo sair para trabalhar em uma sexta feira 13. Que ingenuidade!
Vou tomar banho e percebo que deixei minha mala com as minhas cuecas e meias no carro. Com o bicho solto e balançando, fico com insônia e resolvo estudar mais um pouco. O site da especialização estava com problemas.! È o mar não está para peixe não.
Vamos dormir?!
(...Acho melhor botar o colchão no chão já que até meia noite ainda é sexta feira 13!)
Boa Noite.

2 comentários:

Gilberto Granato (Arawãkanto'i) disse...

é amigo duda!!!
NO dsei todo dia é 13...
Por falar em pobreza..
me empresta um dinheiro aí?
devolvo quando puder!...
um dia quem sabe...
(brincadeira)

ps: demorou a escrever!
e as crônicas capixabas?

Unknown disse...

É amigo gil, as crônicas capixabas ficam para quando o cérebro mandar. Por enquanto não me sobra inspiração lá devido aos meus muitos afazeres. Tenho que dar conta dos relatórios daqui, dos trabalhos da minha especialização, dos afazeres da lolja e o principal, passar um tempo com minha esposa e filha.
Acho que as crônicas de lá só sairão quando estiver morando lá definitivamente, o que acho que está bem próximo de acontecer..
Valeu bro.