PASMACEIRA
Acordo, dia de sábado;
dia de churrasco em Vila Picada
e olha que vai toda a indiarada.
Fico abandonado no posto
e tudo parece agosto o mês do desgosto.
Estou sem carro e sozinho
e tomo o café ao som dos passarinho (no Mato Grosso não existe plural)
O dia está fresco e vou pra academia.
Enxada na mão começo a carpição;
Carpo, Carpo, não quero ver mato.
Só quero ver árvores e fruta,
ali lá longe olho o pe de bocaiúva.
Não que seja uma uva,
mas pra quem está no mato é um manjar.
Tira-la-ei da maneira tradicional,
batendo no tronco com um pedaço de pau.
Enquanto bato,
as Japuíras que fazem ninho estão gritando,
até parecem que estão me xingando.
As úvas-bocaiúvas caem,
guardo no bolso e volto para o posto.
Barulho de ônibus,
passa lotado com a indiarada,
e eu sozinho aqui com a passarada.
Ai,ai, ai que pasmaceira!
Até dá tempo pra escrever besteira!!!!!
3 comentários:
LInda poesia duda!!!
adorei!!!
Uma das melhores....
parabéns...
tá faltando uma foto underground no seu quem sou eu?....
Boa, Cunhado! Keep up the good work! Abraços...
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