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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tecnologia a serviço dos Céus.


Alguns dizem que a tecnologia está a serviço do diabo. Que o símbolo da besta, o 666, está gravado nos chips e que o fim está próximo com a internet. Bem, eu acho que a tecnologia está a serviço de Deus e da ordem.
Ontem tive que pedir um carro emprestado para fazer compras no supermercado para, no dia seguinte, partir para o meu trabalho com os índios. Aqui não tenho carro, e tive que apelar para o carro de uma técnica de enfermagem da nossa equipe do Pantanal. Ainda bem que ela tem! O detalhe interessante é que ela não tem carteira de motorista, mas tem carro. Acho que deve ser uma coisa normal aqui no MT,pois a enfermeira da minha equipe e o marido dela também tem carro e nenhum dos dois tem a “carta” como diriam os paulistanos. Fiquem tranqüilos, pois nenhum deles dirige; dá para entender?! As respectivas mães e pais fazem o papel de motorista particular.
Esperava na ONG, na qual eu trabalho, a mãe da técnica chegar com o carro para irmos ao supermercado.
A senhora chegou, guiando o carro, cinto de segurança, tudo certinho! Entramos no veículo e partimos. No caminho passamos a conversar sobre o que, para mim, é no mínimo diferente, o fato dos das duas não terem carteira de motorista, mas terem carro.
Conversa vai, conversa vem e ouvi um trecho que me chamou a atenção e que dizia assim:
- A culpa é do tal computador!
Sondando mais o assunto pedi que abrisse mais a “ferida”. Foi quando me veio outra revelação bombástica:
- A minha eu tirei por telefone!
Uma interrogação surgiu em minha mente, telefone?!!! Não sabia que existia tal modalidade. Seria uma carteira do tipo alfa ou Beta?
A estória seguiu. Foi quando eu quase atropelei uma policial ou delegada e a dita cuja queria me pegar. Na hora não tinha os documentos e falei que os mesmos estavam em casa. Dei um telefonema e no dia seguinte já estava com a carteira. E seguiu:
- Naquele tempo era tudo mais fácil. Lembro que chegava a ficar com os punhos doloridos de tanto escrever votos!
E eu na minha ingenuidade, votos?
- É, votos! Naquele tempo você conseguiria eleger até você mesmo se quisesse. Existia um esquema no TRE em que pegávamos as cédulas antes das eleições e ficávamos escrevendo votos, e depois era só distribuir nas urnas.
- Tinha caso de candidato que no início não tinha voto e no fim estava eleito.
Perguntei, e o controle?
-Naquela época eles não tinham muito controle de nada, tudo era mais fácil!
Dirigia-se anos sem tirar os documentos. Este computador dificultou tudo. Agora não dá!
Bem, chegamos na casa da tal senhora e agora , eu , que tinha carteira, assumi o veículo para continuarmos o nosso trajeto. O carro parou, assumi o volante, dei a seta, acelerei o veículo e BUM!!! Bati o carro!!!!
Brincadeirinha !!!!!( o parágrafo foi para dar mais suspense). Segui normalmente até o mercado com um pensamento na minha cabeça.

BENDITO SEJAM OS COMPUTADORES!!!!!!

Um comentário:

Gilberto Granato (Arawãkanto'i) disse...

Gostei da batida no carro!!! morri de rir! no centro oeste não tem lei, quem manda é a lei da bala e da influência, mas medidas inteligentes atrapalham um pouco... se cuida companheiro os panteras da bolívia ainda estão de olho em você!!!!