Era uma vez um skatista que conheci na aldeia dos índios Goytacazes. Aldeia quente, muito quente, de aspecto sujo, que às vezes fedia devido ao Vinhoto, vinhaça ou restilo o qual é o resíduo que sobra após a destilação do caldo de cana-de-açúcar. Muitas vezes chovia cinza da cana nas nossas roupas brancas, mas nós gostávamos assim mesmo. Suja, malcheirosa e quente ( sem trocadilhos, por favor!!!) e nós nos divertíamos.
Era festa de república, quartas sem lei e noites no Véio Ladrão. Esse skatista era um dos últimos a sair e ai de quem resolvesse sair antes. Era malhado e vaiado pelos outros e principalmente pelo amigo skatista. Esse era empolgado, ativo, voz ativa, quase um líder natural. Gostava tanto de registrar a história que até pediu para ser fotografado quando foi preso pela primeira e última vez ( pelo menos eu acho que foi a primeira vez e também creio que foi a última, será - interrogação)
Um dia minha vida mudou, e ganhei um presente de Deus. Apesar de ser um presente maravilhoso tive que mudar o estilo de vida e concentrar meus esforços neste presente. Muitos pareciam não entender estes esforços e meu amigo skatista parecia ser um destes. Eu não ligava muito e compreendia o pensamento dos compadres.
Um dia a vida dele mudou, mas não tinha presenciado muito a mudança até que um fato aconteceu. Este amigo passou pela cidade da moqueca, mas foi uma passagem rápida. O relógio marcava nove da noite e já estava por uma passagem rápida no happy hour para dormir as dez.. No outro dia, em plena sexta feira, dia de Skol ele dormiu as nove. Já sonolento e de pijama declarou sua transformação. A princípio estranhei, mas lembrando de um menino pequenino, bem branquinho e de cabelos arrepiados entendi. A mudança desta vez era definitiva. Uma mudança necessária.
Depois deste fato, Jardim da Penha não será mais a mesma. Aliás, ela já não é mais a mesma, quase não se vêem mais skatistas lá. Jardim da Penha mudou também. O skatista vai ficar para história da cidade da moqueca e da cidade dos índios Goytacazes e Tucanos até ressurgir das cinzas outro skatista, desta vez, na cidade de Castelo, branquinho e de cabelos arrepiados.
Como mudei ele mudou. A vida passa a vida nos transforma. Essas transformações não são positivas nem negativas, são necessárias. YEAH!!!!!!!
4 comentários:
Crônicas da floresta, ou agora crônicas da selva de pedra?
finalmente... aguardo crônicas do cotidiano urbano capixaba.
O amigo skatista aí em questão aproveitou o que pode na hora certa, agora as madrugadas são da turma da internet.
nada como um dia após o outro...
ou melhor, um chop após o outro...
Fala meu irmão,
Ate os skatistas amadurecem,e só sentimos na pele,quando a pele é nossa.É preciso aproveitar tudo que a vida nos dá(certo ou errado) e sempre teremos escolhas; e mais importante disso tudo, é que somos humanos e erramos e/ou acertamos em todo instante,mas podemos voltar atras e ver como estavamos errados ou certos par assim reinventarmos nossa historia terrena.
Qualquer dia conte sobre nosso amigo surfista,aquele que tinha alergia a tudo e aformigas viviam em seu nariz.Inté
jason
"Nem boas, nem ruins, apenas necessárias. Bem vindo à nossa Guanaira...
Bianca
Boa meu irmão euduardo, sua memória esta cada dia melhor, e nossas vidas são transformadas pela renovação das nossas mentes!
O melhor dessa vida ainda esta por vir, temos e teremos muita história pra contar...
falouuu.
Rodrigo Kblo
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