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terça-feira, 28 de abril de 2009

NECESSÁRIA


Era uma vez um skatista que conheci na aldeia dos índios Goytacazes. Aldeia quente, muito quente, de aspecto sujo, que às vezes fedia devido ao Vinhoto, vinhaça ou restilo o qual é o resíduo que sobra após a destilação do caldo de cana-de-açúcar. Muitas vezes chovia cinza da cana nas nossas roupas brancas, mas nós gostávamos assim mesmo. Suja, malcheirosa e quente ( sem trocadilhos, por favor!!!) e nós nos divertíamos.
Era festa de república, quartas sem lei e noites no Véio Ladrão. Esse skatista era um dos últimos a sair e ai de quem resolvesse sair antes. Era malhado e vaiado pelos outros e principalmente pelo amigo skatista. Esse era empolgado, ativo, voz ativa, quase um líder natural. Gostava tanto de registrar a história que até pediu para ser fotografado quando foi preso pela primeira e última vez ( pelo menos eu acho que foi a primeira vez e também creio que foi a última, será - interrogação)
Um dia minha vida mudou, e ganhei um presente de Deus. Apesar de ser um presente maravilhoso tive que mudar o estilo de vida e concentrar meus esforços neste presente. Muitos pareciam não entender estes esforços e meu amigo skatista parecia ser um destes. Eu não ligava muito e compreendia o pensamento dos compadres.
Um dia a vida dele mudou, mas não tinha presenciado muito a mudança até que um fato aconteceu. Este amigo passou pela cidade da moqueca, mas foi uma passagem rápida. O relógio marcava nove da noite e já estava por uma passagem rápida no happy hour para dormir as dez.. No outro dia, em plena sexta feira, dia de Skol ele dormiu as nove. Já sonolento e de pijama declarou sua transformação. A princípio estranhei, mas lembrando de um menino pequenino, bem branquinho e de cabelos arrepiados entendi. A mudança desta vez era definitiva. Uma mudança necessária.
Depois deste fato, Jardim da Penha não será mais a mesma. Aliás, ela já não é mais a mesma, quase não se vêem mais skatistas lá. Jardim da Penha mudou também. O skatista vai ficar para história da cidade da moqueca e da cidade dos índios Goytacazes e Tucanos até ressurgir das cinzas outro skatista, desta vez, na cidade de Castelo, branquinho e de cabelos arrepiados.
Como mudei ele mudou. A vida passa a vida nos transforma. Essas transformações não são positivas nem negativas, são necessárias. YEAH!!!!!!!

4 comentários:

Gilberto Granato (Arawãkanto'i) disse...

Crônicas da floresta, ou agora crônicas da selva de pedra?
finalmente... aguardo crônicas do cotidiano urbano capixaba.
O amigo skatista aí em questão aproveitou o que pode na hora certa, agora as madrugadas são da turma da internet.

nada como um dia após o outro...
ou melhor, um chop após o outro...

Anônimo disse...

Fala meu irmão,
Ate os skatistas amadurecem,e só sentimos na pele,quando a pele é nossa.É preciso aproveitar tudo que a vida nos dá(certo ou errado) e sempre teremos escolhas; e mais importante disso tudo, é que somos humanos e erramos e/ou acertamos em todo instante,mas podemos voltar atras e ver como estavamos errados ou certos par assim reinventarmos nossa historia terrena.
Qualquer dia conte sobre nosso amigo surfista,aquele que tinha alergia a tudo e aformigas viviam em seu nariz.Inté
jason

Bianca disse...

"Nem boas, nem ruins, apenas necessárias. Bem vindo à nossa Guanaira...
Bianca

RODRIGO M.FRANÇA disse...

Boa meu irmão euduardo, sua memória esta cada dia melhor, e nossas vidas são transformadas pela renovação das nossas mentes!

O melhor dessa vida ainda esta por vir, temos e teremos muita história pra contar...

falouuu.

Rodrigo Kblo